ARQUITECTURA MODERNISTA
EM FARO
Faro destaca-se como cidade modernista no Sul da Europa, contando com cerca de 500 edifícios, num modernismo algo singular por ser fortemente adaptado ao clima do Algarve: cobertura plana devido à chuva fraca, blocos/grelhagens de cimento para proteger do sol e da luz, azulejos coloridos e influência da arquitetura modernista latino-americana.
É no pós-guerra que se dá o renascimento modernista na cidade de Faro e podemos dizer que o espaço do histórico Café Aliança é o «pai» deste movimento moderno do Sul, pois era aqui que arquitectos e outras personalidades se encontravam e discutiam o sistema político utilizando a arquitetura como ferramenta de contestação, apresentando-se o movimento modernista do Sul como uma forma artística e política de contestar Salazar e a sua arquitetura tradicional portuguesa.
O sucesso do Movimento Modernista na cidade deve-se, entre outros,posicionamento das autoridades locais que de forma pontual não se opuseram ao modernismo, querendo-o sóbrio, simples e funcional, através de variadas encomendas, a par do papel importantíssimo dos emigrantes, que partiram para a américa latina e regressaram a Faro com o desejo de expressar o seu sucesso através do modernismo avant-garde.
O sucesso do Movimento Modernista na cidade deve-se, entre outros,posicionamento das autoridades locais que de forma pontual não se opuseram ao modernismo, querendo-o sóbrio, simples e funcional, através de variadas encomendas, a par do papel importantíssimo dos emigrantes, que partiram para a américa latina e regressaram a Faro com o desejo de expressar o seu sucesso através do modernismo avant-garde.
Gomes da Costa (Faro), Manuel Laginha (Loulé), e Vicente de Castro (Portimão) são nomes inconfundíveis do Movimento Modernista na Região do Algarve.
A eles se devem os mais ilustrativos exemplos da chamada Arquitectura Moderna do Movimento Internacional, da arquitectura do pós-guerra construídos na região.
Conjunto de Interesse Municipal
A maioria dos edifícios a serem estudados e produzidos através do projeto MI.MOMO.FARO estão situados no conjunto urbano entre o Mercado Municipal e a Escola Secundária João de Deus, classificado como Conjunto de Interesse Municipal desde agosto de 2020.
Apesar de hoje se tratar zona algo descaracterizada na sua envolvente, pela construção mais tardia de prédios em altura, este conjunto urbano apresenta uma implantação central na cidade e conserva ainda uma relevante homogeneidade formal, com bons exemplos de arquitetura tradicionalista do Estado Novo e do modernismo experimental que, aos poucos, ia surgindo em Faro. Na sua maioria, estes edifícios correspondem a projetos desenvolvidos nas décadas de 40 e 50 do século XX.
Apesar de hoje se tratar zona algo descaracterizada na sua envolvente, pela construção mais tardia de prédios em altura, este conjunto urbano apresenta uma implantação central na cidade e conserva ainda uma relevante homogeneidade formal, com bons exemplos de arquitetura tradicionalista do Estado Novo e do modernismo experimental que, aos poucos, ia surgindo em Faro. Na sua maioria, estes edifícios correspondem a projetos desenvolvidos nas décadas de 40 e 50 do século XX.